segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Empresa é condenada por demitir grávida; conheça os direitos das mães trabalhadoras


Uma empresa de sucos foi condenada ao pagamento de R$ 500 mil por danos morais coletivos por discriminar mulheres grávidas. A decisão da 3ª Vara do Trabalho de Araraquara (SP) ocorreu após uma ação movida pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) em 2012.

Segundo o processo, a empresa dispensou uma funcionária durante a gravidez, período em que há garantia provisória de emprego.

Em sua defesa, a companhia disse que a trabalhadora estava em período de experiência, o que excluiria a garantia de estabilidade.

“A conduta da empresa se revelou gritantemente discriminatória, com ofensa ao período de estabilidade previsto na Constituição Federal, havendo agressão a direito fundamental”, afirmou o procurador Rafael de Araújo Gomes na ação.

Caso a empresa volte a demitir funcionárias gestantes, terá que pagar uma
multa diária de R$ 10 mil.

Direitos

Além de estabilidade de emprego durante a gravidez e de até cinco meses após o parto, as mães trabalhadoras têm uma série de direitos assegurados por lei.

Durante a gestação, a mulher pode pedir dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares.

Outro direito importante é a licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário. As mães adotivas têm direito ao benefício pelo mesmo período.

Enquanto estiver de licença, a mulher terá direito ao salário integral -quando variável, deverá ser calculado de acordo com a média dos seis últimos meses de trabalho-, assim como todas as vantagens adquiridas anteriormente.

Até que a criança complete seis meses, a mãe pode fazer até dois intervalos de trinta minutos cada para amamentar o filho durante a jornada de trabalho.

A lei ainda determina que empresas com mais de 30 funcionárias acima de 16 anos tenham local apropriado para que as mães possam guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período da amamentação. A empresa poderá ainda firmar convênios ou até cobrir as despesas através do auxílio-creche.

Durante a gravidez, a empregada também pode pedir transferência de função, caso necessário. Ela poderá retomar ao cargo anteriormente exercido logo após o retorno ao trabalho.





http://noticias.uol.com.br/empregos/ultimas-noticias/2013/02/13/empresa-e-condenada-por-demitir-gravida-conheca-os-direitos-das-maes-trabalhadoras.jhtm

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